Lipoaspiração tumescente

quinta-feira, junho 21, 2012




Esta técnica foi desenvolvida pelo dermatologista norte-americano Jeffrey Klein, em 1985, sendo difundida através de uma série de publicações científicas. Desde então, estima-se que em torno de um milhão de lipoaspirações tumescentes já tenham sido realizadas em todo o mundo, sem nenhuma morte relatada.
O que é
É uma técnica aspirativa de gordura realizada exclusivamente com anestesia local. A lipoaspiração tumescente se diferencia da lipoaspiração tradicional basicamente pela infusão de uma solução anestésica especial, denominada anestesia tumescente de Klein.
Esta solução tem como base a lidocaína (mesma substância utilizada na anestesia dentária tradicional) infundida em grandes volumes mas em alta diluição, associada a produtos que provocam diminuição do sangramento no local e neutralizam a fórmula. Desta maneira, além de dispensar a anestesia geral, o sangramento é mínimo.
Indicação
É uma opção eficaz para retirada de áreas restritas de gordura cutânea. Os resultados costumam ser excelentes, e a segurança da solução de Klein em termos de danos ao organismo e sangramento é um aspecto de grande importância. Entretanto, ela tem algumas limitações. Como a anestesia é local, a quantidade de gordura removida é limitada. Geralmente, não mais que dois litros por sessão.
Portanto, a lipoaspiração tumescente é uma ótima técnica para pessoas que apresentam gorduras localizadas sem serem obesas.


Onde é realizada
A lipoaspiração tumescente é um procedimento cirúrgico que deve ser realizado em ambiente que comporte cirurgia estéril. Se a condição clínica do paciente for boa e a área a ser tratada restrita, pode ser realizado em sala de cirurgia não hospitalar.
Embora a lipoaspiração tumescente seja realizada com o paciente acordado e totalmente lúcido, indivíduos muito ansiosos podem necessitar de sedação ao longo do procedimento. Nestes casos, a cirurgia deve ser realizada em ambiente hospitalar, com a presença de anestesiologista.
Avaliação pré-operatória
Antes da cirurgia, é de grande importância que haja interação entre o cirurgião e o paciente, já que o sucesso depende de ambos. Pacientes excessivamente ansiosos ou com expectativas pouco realistas sobre os resultados a serem alcançados, devem ser desencorajados a ser operados.
Nesta consulta, é avaliada a qualidade e quantidade de gordura e proposta a melhor alternativa de tratamento. Usualmente, é requisitado um risco cirúrgico completo, preferencialmente realizado por um cardiologista. As medidas e as fotos das áreas a serem tratadas podem ser tomadas neste dia ou no dia da cirurgia.
É conveniente banho com sabonetes anti-sépticos desde três dias antes do procedimento. Uso prévio de medicações homeopáticas, como a arnica, pode diminuir o avermelhamento após o procedimento.
Quando não é administrada sedação, não há necessidade de jejum, mas alimentos "pesados" devem ser evitados. Alho também deve ser evitado, por aumentar o tempo de sangramento, bem como medicamentos antiinflamatórios ou que contenham ácido acetil-salicílico.
Nesta consulta, será indicada a malha contensora (cinta) ideal para ser comprada. Particularmente, é interessante ter duas destas, por questões de higiene.
O dia da cirurgia
Embora alguma ansiedade seja comum, se esta for em excesso é melhor adiar a cirurgia. É bom comparecer ao local da cirurgia em trajes leves e acompanhado por alguém de boa vontade e que transmita tranqüilidade.
O procedimento demora em média 150 minutos e deve ser feito sem interferência externa. O curativo final será envolto pela malha contensora (cinta), portanto é fundamental que o paciente não se esqueça de levá-la. É importante também que o paciente não esteja bronzeado no dia da lipoaspiração.
O pós-operatório
Os cuidados pós-operatórios são tão importantes quanto a cirurgia em si. Exposição ao sol deve ser evitada por pelo menos dois meses após o procedimento. Atividades físicas leves normalmente podem ser realizadas duas semanas após.
A cinta costuma ser mantida por um mês, sendo que na primeira semana, ela só deve ser retirada para o banho. O retorno às atividades cotidianas (trabalho, estudo) é muito variável, dependendo da pessoa e do esforço, podendo variar de três a quinze dias.
Num primeiro momento, podem haver áreas avermelhadas e endurecidas, que desaparecem espontaneamente. É comum a área ficar dolorida nos primeiros dias. Analgésicos costumam ser prescritos e o repouso ajuda bastante.
Devido à infiltração da solução de Klein, nos primeiros dias a aparência é de aumento de volume. Na medida que o líquido vai sendo eliminado pela urina, o resultado começa a aparecer. Em geral, em um mês este já é total, sem manchas ou irregularidades. Drenagem linfática manual pode ser feita a partir da segunda semana, mas não deve ser considerada como essencial.

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