Lipoaspiração: Cuidados Pós-operatórios

terça-feira, setembro 11, 2012

Lipoaspiração: Cuidados Pós-operatórios

Pacientes de cirurgia plástica costumam demonstrar extrema curiosidade a respeito do período pós-operatório; mais até do que em relação à cirurgia em si. Esse interesse é compreensível, afinal, os cu
idados pós-operatórios limitam o dia-a-dia do paciente, e, atualmente, pouquíssimas pessoas podem se dar ao luxo de afastar-se de suas atividades por longos períodos.

Os prazos para retirada de pontos, manutenção de curativos, uso da cinta, retorno às diferentes atividades, são baseados na minha experiência pessoal e na literatura médica, porém são apenas estimativas, uma vez que diversos fatores influenciam a recuperação pós-operatória, tal como idade, raça, sexo, tamanho da lipoaspiração, áreas lipoaspiradas, sensibilidade à dor, tabagismo, cumprimento das recomendações médicas, capacidade de recuperação, qualidade de cicatrização, etc. Esta linha de pensamento é válida para a lipoaspiração assim como para todos os outros procedimentos cirúrgicos que abordarei no futuro.

Tão importante quanto à cirurgia em si são os cuidados pós-operatórios, que quando não respeitados, podem pôr a perder o bom resultado de uma cirurgia. E com a lipoaspiração não é diferente.

É importante salientar que as recomendações não constituem uma regra, uma vez que não há consenso absoluto sobre a questão. Cabe somente ao dr, indicar qual o melhor período para retirada de cintas, dos pontos, quantas drenagens serão necessárias....

ALGUNS ÍTENS RELEVANTES:

- Cinta – Tem a função de modelar o corpo e reduzir o edema, através de uma leve compressão. Costuma-se iniciar seu uso logo após o término da lipoaspiração, ainda na sala de cirurgia. A cinta é então utilizada ininterruptamente por cerca de 1 mês e meio, retirando-a apenas na hora do banho. Posteriormente a cinta é usada somente à noite, na hora de dormir, por mais um mês. O modelo abaixo é o que mais agrada, independentemente da marca. Ele permite ir ao banheiro sem a necessidade de retirar a cinta, possui colchetes que facilitam vesti-lo e despi-lo e faz compressão nas coxas, local freqüentemente lipoaspirado, além de ser confortável segundo os pacientes.

- Pontos – Retirados, em média, com 7 dias.

- Curativo – Feito com esparadrapo antialérgico, MICROPORE diretamente sobre as feridas operatórias. É trocado quando são retirados os pontos, sendo mantido até completar o primeiro mês de cirurgia, deverão ser trocados a cada dois ou tres dias .Sua função inicialmente é proteger a ferida e posteriormente reduzir a tensão na mesma.

- Drenagem Linfática Manual – É útil na redução do edema e na prevenção de irregularidades. Usualmente recomenda-se o início no 5o dia pós-operatório. A dor pode ser um fator limitante para o início da drenagem linfática, devendo assim ser postergada. A maior parte do edema some com 1 a 2 meses de cirurgia, porém sempre permanece um pequeno edema residual até cerca de 6 meses. Quanto mais você como paciente fazer drenagens, melhor o seu pós operatório. São indicadas no mínimo 10 sessoes, podendo ser necessárias mais 10.


- Repouso - Nos primeiros dias o paciente não deve ficar confinado a cama; pelo contrário, é desejável que caminhe em sua residência, jante à mesa, sente-se com as visitas, enfim, execute atividades leves.

- Retorno às Atividades – Em média, libero o retorno ao trabalho com 5 a 10 dias, contanto que seja um emprego que não requeira esforço físico. No mesmo período podem ser iniciadas caminhadas leves, de 2 a 3 Km. Atividades físicas maiores são permitidas usualmente após 1 mês de cirurgia.

- Sol – Deve ser evitado enquanto houver equimoses, pois estas podem ser “tatuadas” pela exposição solar. Quando não houver mais equimoses o banho de sol é liberado, porém com parcimônia, pois o calor retarda a recuperação do edema. É de vital importância a aplicação de protetor solar (FPS 30 ou maior) nas cicatrizes, para que essas não fiquem escuras devido à exposição solar.

- Alimentação – Nos primeiros dias é importante uma farta ingesta hídrica, uma vez que grande parte da água do organismo é “seqüestrada” pelo edema. Não há restrição de alimentos no tocante a recuperação cirúrgica. Essa estória de que carne de porco, alimentos gordurosos, camarão, fazem mal para cirurgias é mito. Entretanto é preciso cuidado para não engordar e pôr a perder o resultado da cirurgia.

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