30 verdades e mitos sobre Cirurgia Plástica
terça-feira, outubro 08, 2013
01- A
vibrolipoaspiração (com cânula vibratória) é mais segura que a cirurgia
tradicional.
MITO –
Toda lipo apresenta os mesmos riscos. A vibrolipo tem a vantagem de ser menos
cansativa para o cirurgião e a desvantagem de ser menos precisa que a técnica
com seringa – a única em que se pode enxertar a gordura retirada em outras
partes do corpo.
02- A lipoaspiração a
laser proporciona cirurgia e pós-operatório mais rápidos.
MITO –
O único papel do laser é ajudar na perfuração da gordura e facilitar o trabalho
do cirurgião. Tem, portanto, as mesmas vantagens e desvantagens da vibrolipo,
sendo a conseqüência principal a destruição da gordura, o que impede a sua
enxertia em outros lugares. Importante frisar que todas as técnicas de
lipoaspiração se equivalem. O que realmente muda é o cirurgião. E não existe
cirurgia que não incha e não deixa roxo. Isso vai variar a cada paciente.
03- Cânulas descartáveis
para lipoaspiração eliminam totalmente o risco de infecções.
MITO –
Tanto as cânulas descartáveis quanto as esterilizadas têm o mesmo índice de
segurança, desde que ambas tenham passado por um processo de esterilização e
acondicionamento adequados.
04- É possível
reconstruir o seio após a sua retirada por motivo de acidente ou doença, como o
câncer.
VERDADE –
Sem dúvida. Existem várias técnicas e táticas cirúrgicas para diminuir a
mutilação da retirada do tumor. Tudo irá depender da seqüela do tratamento da
doença, do desejo do paciente e das condições locais para reconstrução.
05- É preciso emagrecer
antes de modificar o contorno corporal com cirurgia plástica.
MITO – Em regra, não. O peso ideal para se fazer este tipo de operação é aquele que o paciente vai manter com facilidade. A cirurgia plástica não emagrece, apenas melhora o contorno corporal. O corpo a ser melhorado é aquele que o paciente efetivamente tem e não aquele que ele gostaria de ter. Emagrecer, submeter-se a uma cirurgia e depois engordar novamente resulta na perda de toda a melhora conquistada.
MITO – Em regra, não. O peso ideal para se fazer este tipo de operação é aquele que o paciente vai manter com facilidade. A cirurgia plástica não emagrece, apenas melhora o contorno corporal. O corpo a ser melhorado é aquele que o paciente efetivamente tem e não aquele que ele gostaria de ter. Emagrecer, submeter-se a uma cirurgia e depois engordar novamente resulta na perda de toda a melhora conquistada.
06- Pode-se engrossar as
pernas com silicone.
VERDADE –
Sim, tanto as coxas quanto as panturrilhas. São cirurgias relativamente simples
e os implantes são do mesmo material das próteses de mama.
07- Cirurgia plástica
retira cicatrizes resultantes de acidentes ou de outras operações.
MITO –
No máximo, troca-se uma cicatriz feia por outra mais discreta. A eliminação
completa de uma cicatriz é impossível.
08- O uso de
polimetilmetacrilato (PMMA), substância derivada do petróleo, é perigoso para
preencher grandes áreas, como seios e bumbum.
VERDADE –
Os preenchimentos artificiais só podem ser usados em pequenas quantidades. Isso
é conhecido e aceito como uma verdade no meio científico. O desrespeito a esta
regra pode causar complicações gravíssimas. Para grandes aumentos, como na
região glútea, usa-se a própria gordura do paciente ou ainda o implante de
silicone.
09- Cirurgia plástica
com células-tronco é mais eficaz e proporciona resultados superiores.
MITO –
Não há nenhum benefício comprovado no uso de células-tronco em cirurgia
plástica e os pacientes devem estar atentos às informações com puro objetivo de
marketing. Vale lembrar que as técnicas comprovadamente eficazes são utilizadas
por todos os cirurgiões plásticos. O que muda é como cada cirurgião vai
aplicá-las.
10- O resultado da
cirurgia pode ser retocado ou refinado e até totalmente refeito.
VERDADE –
Sempre que for possível melhorar o resultado de uma cirurgia, isto é feito. Na
maioria dos casos, é o próprio cirurgião que propõe a intervenção. Mas é
preciso reforçar que, algumas vezes, o paciente gostaria que o resultado da
cirurgia fosse ainda melhor e isso já não é mais possível. A cirurgia tem
limites e eles dependem muito de como é a estrutura do paciente. Aperfeiçoa-se
apenas o que é aperfeiçoável, infelizmente.
11- O paciente pode
fazer quantas operações quiser em uma mesma sessão cirúrgica.
MITO –
Não. A principal diretriz em cirurgia plástica estética é a segurança. A
maioria dos cirurgiões adota como limites duas cirurgias médias (mamas e
abdômen, por exemplo) ou um máximo de seis horas de procedimento cirúrgico.
12- Crianças podem ser
submetidas à operação plástica.
VERDADE –
A cirurgia plástica reparadora não elege idade mínima. Quanto à de cunho
estético, apenas a correção de orelha de abano se faz na infância, após os seis
anos de idade e no momento em que a criança se queixa aos pais.
13- Cirurgia nas
pálpebras compromete a visão.
MITO –
Em regra, não. Pode ocorrer sensação de areia nos olhos durante algumas
semanas, mas tudo volta ao normal em até três meses.
14- É permitido
implantar silicone nos seios de adolescentes.
VERDADE –
Do ponto de vista médico/cirúrgico, desde que a fase de crescimento da menina
tenha acabado (normalmente, dois anos após a primeira menstruação). Mas, em
regra, os cirurgiões preferem fazer a cirurgia após os 18 anos, quando a
paciente está mais madura psicologicamente. Realiza-se a operação em pacientes
menores de idade apenas se o crescimento já estacionou e se ambos os pais estão
de acordo.
15- Cirurgia plástica
dura para sempre.
MITO –
A operação melhora o aspecto da pessoa, mas, infelizmente, o tempo é inexorável
e o envelhecimento continua indefinidamente. Quando o paciente tem uma pele
favorável, espera-se que o resultado de uma cirurgia de face permaneça
agradável entre seis a oito anos.
16- A chamada orelha de
repolho, comuns em praticantes de luta livre e jiu-jítsu, não tem conserto nem
com cirurgia.
VERDADE –
O resultado da cirurgia de reconstrução é muito ruim, pois a cartilagem é
completamente destruída. O melhor tratamento nestes casos é a prevenção.
17- A cirurgia da face (face
lifting) torna o paciente mais bonito.
MITO –
Ela apenas dá um aspecto mais descansado ao rosto. Importante ressaltar que a
operação é somente um passo do rejuvenescimento facial. É imprescindível o uso
posterior de peelings, toxina botulínica, preenchimentos e uma boa maquiagem
para alcançar o melhor resultado possível.
18- A região operada
perde sensibilidade.
VERDADE –
Sempre que existe uma incisão cirúrgica, acontece alguma perda sensitiva. Na
maioria das vezes, isto é transitório, raramente será definitivo.
19- Após modificar
certas regiões do corpo, como nariz, olhos, boca ou seios, é possível voltar à
forma antiga.
MITO –
A pessoa nunca mais será a mesma. Portanto, não é possível voltar ao status que
anterior. Mesmo que fosse, haverá uma a cicatriz que ficará lá para sempre.
20- Cirurgia plástica na
barriga só se faz quando há sobra de pele na região, não é para emagrecer.
VERDADE –
Nenhuma cirurgia plástica serve para emagrecer. Apenas para melhorar o aspecto
do corpo. Pode-se aspirar à gordura localizada e retirar o excesso de pele, o
que melhorará o contorno corporal. Mas, o paciente continuará com um peso muito
próximo ao anterior à operação.
21- A cicatriz da
cirurgia da barriga é sempre grande e aparente.
MITO –
Será tão longa quanto o excesso de pele. É geométrico. O que o cirurgião
plástico faz é colocar a cicatriz o mais baixo possível, para ficar escondida
sob a calcinha, biquíni ou sunga.
22- A pele da região
operada pode formar quelóide, descolorir ou escurecer.
VERDADE - A
condição da pele depende de dois fatores. O primeiro é o técnico, e o cirurgião
plástico é treinado para fazer a melhor cicatriz possível. O segundo, e mais
poderoso, é o genético. Quanto a este ninguém tem ainda o poder de interferir,
infelizmente.
23- Mulheres que
acabaram de dar a luz podem fazer plástica.
MITO -
Como regra, aguarda-se cinco meses após o parto e mais três depois da
interrupção da amamentação. Assim, na maioria das vezes, opera-se a paciente
nove meses após o nascimento da criança.
24- Cirurgia plástica
também se faz nos órgãos sexuais.
VERDADE -
É muito comum as mulheres solicitarem a diminuição dos pequenos lábios
(ninfoplastia) e o aumento dos grandes lábios (com enxerto de gordura). Estes
procedimentos dão um aspecto jovial à área que se modifica com a idade,
principalmente após a gestação.
25- O resultado do
transplante capilar parece com cabelo de boneca.
MITO - Com a
técnica de micro transplante, o resultado tende a ser bastante natural e os
cirurgiões que se dedicam a este procedimento apresentam resultados muito
naturais e duradouros.
26- Pode-se implantar
cabelo de outra pessoa.
MITO –
Em regra geral, não. A exceção é somente quando o doador for gêmeo univitelino
com o receptor: o chamado transplante isogênico.
27- Existe técnica
específica para eliminar o chamado pescoço de peru.
VERDADE -
Quando são apenas as pregas musculares, existe uma técnica em que se usam
apenas agulhas, sem incisões nem pontos, dando um resultado bastante
satisfatório. Mas, se já existe excesso de pele, o lifting cervical clássico é
necessário.
28- Com um programa de
computador, é possível simular o resultado da cirurgia.
VERDADE –
Sim, mas a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica condena esta prática, pois
o paciente pode ser induzido a pensar que o resultado da operação sairá melhor
do que poderá ser na realidade.
29- O pós-operatório é
mais confortável no clima frio que nas temporadas de calor.
VERDADE –
Em muitas cirurgias, há necessidade do uso de malhas compressivas, o que no
calor pode ser mais incômodo. No resto, não há diferença entre os períodos. A
época boa de operar é aquela que for boa para o paciente, quando sua vida está
organizada para se submeter a um procedimento cirúrgico.
30- Medicina estética é
uma especialidade que capacita médicos de qualquer área a lidar com
a beleza do corpo.
MITO –
Medicina estética não existe, enquanto especialidade médica. Os procedimentos
chamados de estéticos são realizados por cirurgiões plásticos e por
dermatologistas. Normalmente, os que se intitulam “especialistas em cirurgia
estética” são os que não possuem nenhuma especialização reconhecida e trilham o
caminho mais fácil: se passam por cirurgiões plásticos ou por dermatologistas
sem terem capacitação para tal.
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