SILICONE NOS SEIOS: CUIDADO COM O EXAGERO!

quinta-feira, novembro 04, 2010

Ao lado da lipoaspiração, a inclusão de prótese de silicone para aumentar as mamas se posiciona no topo do ranking brasileiro das operações plásticas. Os números praticamente empatam, mesmo porque é bastante comum os dois procedimentos serem executados de forma associada, durante a mesma sessão cirúrgica.

Neste período que antecede o verão, as clínicas especializadas voltam a registrar crescimento na quantidade de cirurgias para “turbinar” os seios. É natural que as mulheres queiram passar a temporada de calor com menos roupa e uma silhueta que as deixem satisfeitas. E ter peitos firmes e volumosos é anseio de quase todas, pois são eles o símbolo máximo da feminilidade.

Apesar de ser o tipo de operação estética com maior índice de satisfação, é comum ouvir das pacientes que erraram na escolha do tamanho. Há quem se arrependa do contrário também, mas são muitas as que retornam para aumentar mais ainda. “A maioria acha que colocou muito pequeno. Normalmente, elas têm medo de ficar muito grande e escolhem uma prótese bem menor. Na verdade, o importante é se a mama vai ficar bonita ou não”, relata o cirurgião plástico Zulmar Accioli, professor na graduação e pós-graduação do curso de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).



Questão de bom gosto

Decidir sobre o volume do seio é algo que a modernidade trouxe para o cotidiano das pessoas, tornando-se assunto trivial, tanto quanto determinar o comprimento da saia. Porém, da mesma forma como ocorre na composição do figurino, modificar a aparência do corpo requer discernimento. Diante da liberdade de escolha, há que se levar em conta fatores como idade, peso, altura, dimensão do tórax e até mesmo profissão e vida em sociedade.

Seios pequenos (hipomastia) ou mesmo a ausência deles (amastia) são causas de um dos principais complexos que podem atingir uma mulher, em especial a brasileira, notadamente, nos dias de hoje, com desejo de ostentar um busto maior. Isto não significa que as cápsulas de silicone estão aí para resolver o problema sem critérios, chegando aos absurdos do extremo oposto, inclusive, com sérios riscos à saúde.

Há cerca de dois meses, a capixaba Sheyla Almeida Hershey, 30 anos, foi obrigada a retirar as próteses dos seios e parte do tecido mamário direito (mastectomia), num hospital do Texas, onde vive com o marido e dois filhos. Sua obsessão por obter o título de mulher com os maiores implantes do mundo chegou à bizarra marca de 5,5 litros em cada lado. A proeza alcançada em uma sucessão de nove cirurgias plásticas lhe rendeu fama, mas também uma infecção bacteriana severa e, por conseqüência, quase a vida.



Efeito reverso

O volume excessivo, além de antiestético pode causar desconforto. “O limite do bom senso é o aspecto natural que o implante produz. Para isso, há um cálculo simples, que é a base da mama. Uma prótese maior que esta área fica artificial”, explica o médico, lembrando também que o resultado, às vezes, pode satisfazer um aspecto em detrimento do outro: “quando é grande demais dá a sensação de maior peso, principalmente se a paciente já estiver a um passo de parecer gorda”.

O implante mamário harmoniza o contorno feminino também em casos de diferença significativa de tamanho entre um seio e outro, na reconstrução da mama pós-câncer ou acidente e ainda para enrijecer e diminuir o volume do seio depois da gravidez e amamentação. Em qualquer um deles pode haver contratura ou infecção, independente do número de cirurgias. Ainda assim, é uma porcentagem mínima de pacientes que as desenvolvem. Quando isso ocorre, “tira-se a prótese, deixa-se alguns meses sem e, depois do tratamento com antibióticos, pode-se colocar outra nova”, diz Accioli.

Em situações como a de Sheyla, é muito provável que a frequência de cirurgias pode ter facilitado o aparecimento da bactéria. Além disso, quanto maior a prótese, mais a pele da região peitoral fica esticada. Enquanto as mamas estiverem preenchidas pela prótese, a aparência é normal. Mas, em uma eventual retirada ou diminuição de tamanho, os seios ficam flácidos e caem. “A distensão é permanente. Para a correção, é necessário retirar a sobra de pele com um lifting mamário”, completa.





Créditos autorizados dessa postagem para : Marcos Reichardt Cardoso (SC 00461 JP)

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